ME VALHA, EXU NA ENCRUZILHADA! SEM EXU EU NÃO SOU NADA!
Na religião dos nagôs, Exu foi o filho mais velho de Oxalá e Iemanjá. Muito brincalhão, fez tantas trapalhadas, que Olorum (o criador) ordenou que ele passasse a obedecer aos outros Orixás. Desde então, Exu se tornou um mensageiro, que leva aos deuses os pedidos dos mortais.
Como compensação, entretanto, Olorum fez com que Exu seja o dono dos caminhos, da vitalidade e da energia. Nada anda para a frente sem sua permissão. Por isso, ele é o primeiro a receber oferendas em todos os rituais: estando satisfeito, Exu fecha os caminhos para os inimigos e abre os caminhos para o progresso do fiel.
Na Umbanda, os exus são legiões de espíritos em desenvolvimento, que constituem os povos das ruas e dos cemitérios. O Povo da Rua tem espíritos masculinos e femininos. Os primeiros são os exus; os segundos, as pomba-giras.
Exus e pomba-giras têm sua própria organização em Legiões e Falanges, cada uma com seu chefe. Os chefes supremos são Exu Rei e Pomba-gira Rainha. Entretanto, mesmo estes têm a quem prestar contas: todos os exus estão sob o controle de São Miguel das Almas, o Arcanjo Miguel, chefe das hostes dos anjos celestes.
Uma sessão dos exus, quando bem conduzida e com as cantigas adequadas, tem um efeito benfazejo enorme; através de tais sessões é que nos livramos dos nossos inimigos, resolvemos problemas cruciantes, conseguimos vencer as demandas. Mas é prejudicial, tanto para o mortal quanto para o espírito, que façamos pedidos destinados a fazer o mal a alguém.
Exus e pombas-giras são vivos, alegres e sensuais. Usam roupas em que se combinam o preto e o vermelho, além de jóias e outros adereços dourados. Sua saudação é: Laroiê! (no Candomblé) ou: Saravá! (na Umbanda).
Quer conhecer mais sobre Exu e Povos da ruas, recomendo a leitura deste livro, Cantigas de umbanda e candomblé: Pontos cantados e riscados de orixás, caboclos, pretos-velhos e outras entidades
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