DURANTE O PERÍODO DA ESCRAVIDÃO
MUITOS MILHARES de crianças, mulheres e homens foram comprados em mercados de escravos africanos e trazidos para o Brasil. Sofreram todo tipo de maus-tratos e humilhações.
O tempo passou, a escravidão terminou e, pouco a pouco, as religiões de origem africana puderam crescer. No início do século XX, nasceu a Umbanda e, nela, os espíritos dos antigos escravos começaram a se mostrar em toda a sua realidade de almas bem-aventuradas, espíritos cheios de luz. Temperando sua grande sabedoria com a imensa bondade de seu coração, os chamados Pretos-velhos e Pretas-velhas se aproximaram de nós, seus fiéis, para, através de seus conselhos, resolver as nossas dúvidas, iluminar os nossos caminhos e curar os nossos males.
Os Pretos-velhos moram no reino de Aruanda, do outro lado do oceano, para onde retornaram em espírito, para viver junto de seus Orixás, voduns e inquices. Quando escutam os cânticos nos terreiros, vêm de lá visitar seus “netos” que vivem no lado de cá. Estes espíritos de luz, ao se manifestarem entre nós, nos dão uma grande lição: o valor de um indivíduo deve ser apreciado por seus atos, e não por sua aparência. Assim é que esses grandes guias não são reis nem mestres, mas pais, tios, tias, vovôs e vovós.
Os Pretos-velhos se vestem com simplicidade, usam branco e preto; relembram seus tempos antigos no gosto pelo cachimbo e por um bom café. Um rosário e uma bengala costumam ser seus acessórios preferidos. Como fazem parte das almas bemaventuradas, sua saudação é: Adorei as almas!
A festa dos Pretos-velhos é realizada no dia 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
Quer conhecer mais sobre Preto velho e Povos da ruas, recomendo a leitura deste livro, Cantigas de umbanda e candomblé: Pontos cantados e riscados de orixás, caboclos, pretos-velhos e outras entidades
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